Ai cidade que nunca fecha, nunca espera, nunca dorme e nem ao menos repousa. Diz-me quantas cabeças por aí passam, quantas mentes latejantes por aí vagam, quantas memórias te percorrem, quantas histórias por aqui brotam e que por tuas ruas morrem.
Quantas cabeças passam o dia pensando, buscando, achando respostas para o dia de amanhã. Quantos carros por tuas artérias, quantas rodas por tuas ruas passam, correm fazendo um ruído que vai morrendo distante e tornando-se frio.
Quantos sapatos humilham tuas calçadas, quantas marcas, quantos pés descalços. Quantos pés, quantos passos, quantas pernas vadias empacam em tuas esquinas, quantas meninas, quantas mulheres.
Quanta saudade repousa em seus travesseiros, quantas lágrimas caem de saudade, quantos amores mal-amados, quantas mães vazias de respostas, quantos falidos tentam embarcar em seus refúgios de plumas e algodão.
Quantas crianças se assustam de medo, quanto terror, quantos monstros de armário. Quantas crianças se assustam de medo, quanto terror, quanta fome em um pequeno estômago.
Quantos corpos suados, mal-cuidados, pesados, torneados, tatuados compõem tua novela díária.
Cidade, me conta quantas mulheres perfumam teu ar, adoçam tuas ruas, enfeitam-se de vulgaridade, diz-me quantas?
Quantas luzes iluminam tuas ruas, quantas cores, quantos postes enfileiram-se em tuas calçadas, quantos faróis cortejam teu asfalto, quantas janelas te exibem os insones.
Quanta arte se faz em teus muros, quanta revolta se escreve em teus viadutos, quantos artistas desperdiçados encontram-se em tuas esquinas. Quantos políticos, quantos revolucionários se perdem em tua rotina.
Quantos vícios se fazem em tuas noites, quanta coisa se cheira, se injeta, se fuma. Quanta grana te injetam, te cheiram, te sugam.
Quanta grana se gasta, se usa, se ostenta em teus bairros distintos. Quantas grifes, quantos bancos, quantas festas e champagne.
Quantos bueiros, quantas enchentes, quantos sonhos infantis se perdem em teus ralos, quantas cabeças embriagadas giram em seus papelões, em tuas calçadas esburacadas.
Quanta comida te falta, quanta comida se joga. Quanta luta compõe a tua história, quanta luta se ignora.
Quanta bebida é exibida, quantos graçons se aprimoram em simpatia, quantas taças são servidas. Quantas garrafas acompanham os mendigos, os morimbundos que se encostam pelas paredes, que se deitam e se aquecem com seus cães.
Quantas histórias se desenrolam em teus apartamentos, quantos solitários se mascaram, quantos comprimidos se engolem em uma noite sem amor, sem sabor.
Quantos de teus paulistanos se epertam em teus ônibus, quantos madrugam, quantos suam por um aluguel. Quantos morrem em teus leitos, em tuas ruas, em teu caos.
Quantos absorvem teu luxo, teu conteúdo, teu refinado mundo em vitrine cosmopolita, teu frágil sistema esnobe de uma fake turma grã-fina.
Quantos movimentam teus cofres, quantos movimentam teus abrigos.
Quanta música se faz, quantos artistas, quanta melodia se compõe em um único dia. Quantos boemios se revelam em teus bares e luzes de neon.
Quanta obra-prima. Quanta natureza morta.
Quanta rotina. Quanta vida vazia regada de calor humano.
Quanta valentia se faz necessária para viver em tuas veias. Quanta ousadia se faz necessária para vencer em tuas veias.
Quanta malícia se faz necessária para desenhar tuas ingênuas histórias. Quanta luxúria, quanta vaidade, quantas camas abraçam corpos suados e desejosos de orgasmos e despedidas.
Ai cidade, por essa noite peço que durma, que repouse, que pare. Por minutos em que o meu silêncio se faz corajoso, em que teu silêncio se faz necessário.
Quantas cabeças passam o dia pensando, buscando, achando respostas para o dia de amanhã. Quantos carros por tuas artérias, quantas rodas por tuas ruas passam, correm fazendo um ruído que vai morrendo distante e tornando-se frio.
Quantos sapatos humilham tuas calçadas, quantas marcas, quantos pés descalços. Quantos pés, quantos passos, quantas pernas vadias empacam em tuas esquinas, quantas meninas, quantas mulheres.
Quanta saudade repousa em seus travesseiros, quantas lágrimas caem de saudade, quantos amores mal-amados, quantas mães vazias de respostas, quantos falidos tentam embarcar em seus refúgios de plumas e algodão.
Quantas crianças se assustam de medo, quanto terror, quantos monstros de armário. Quantas crianças se assustam de medo, quanto terror, quanta fome em um pequeno estômago.
Quantos corpos suados, mal-cuidados, pesados, torneados, tatuados compõem tua novela díária.
Cidade, me conta quantas mulheres perfumam teu ar, adoçam tuas ruas, enfeitam-se de vulgaridade, diz-me quantas?
Quantas luzes iluminam tuas ruas, quantas cores, quantos postes enfileiram-se em tuas calçadas, quantos faróis cortejam teu asfalto, quantas janelas te exibem os insones.
Quanta arte se faz em teus muros, quanta revolta se escreve em teus viadutos, quantos artistas desperdiçados encontram-se em tuas esquinas. Quantos políticos, quantos revolucionários se perdem em tua rotina.
Quantos vícios se fazem em tuas noites, quanta coisa se cheira, se injeta, se fuma. Quanta grana te injetam, te cheiram, te sugam.
Quanta grana se gasta, se usa, se ostenta em teus bairros distintos. Quantas grifes, quantos bancos, quantas festas e champagne.
Quantos bueiros, quantas enchentes, quantos sonhos infantis se perdem em teus ralos, quantas cabeças embriagadas giram em seus papelões, em tuas calçadas esburacadas.
Quanta comida te falta, quanta comida se joga. Quanta luta compõe a tua história, quanta luta se ignora.
Quanta bebida é exibida, quantos graçons se aprimoram em simpatia, quantas taças são servidas. Quantas garrafas acompanham os mendigos, os morimbundos que se encostam pelas paredes, que se deitam e se aquecem com seus cães.
Quantas histórias se desenrolam em teus apartamentos, quantos solitários se mascaram, quantos comprimidos se engolem em uma noite sem amor, sem sabor.
Quantos de teus paulistanos se epertam em teus ônibus, quantos madrugam, quantos suam por um aluguel. Quantos morrem em teus leitos, em tuas ruas, em teu caos.
Quantos absorvem teu luxo, teu conteúdo, teu refinado mundo em vitrine cosmopolita, teu frágil sistema esnobe de uma fake turma grã-fina.
Quantos movimentam teus cofres, quantos movimentam teus abrigos.
Quanta música se faz, quantos artistas, quanta melodia se compõe em um único dia. Quantos boemios se revelam em teus bares e luzes de neon.
Quanta obra-prima. Quanta natureza morta.
Quanta rotina. Quanta vida vazia regada de calor humano.
Quanta valentia se faz necessária para viver em tuas veias. Quanta ousadia se faz necessária para vencer em tuas veias.
Quanta malícia se faz necessária para desenhar tuas ingênuas histórias. Quanta luxúria, quanta vaidade, quantas camas abraçam corpos suados e desejosos de orgasmos e despedidas.
Ai cidade, por essa noite peço que durma, que repouse, que pare. Por minutos em que o meu silêncio se faz corajoso, em que teu silêncio se faz necessário.
O ritmo frenético da cidae grande hehehe...mas tem gente tambem correndo pela poesia!
ResponderExcluirPois é, mas infelizmente nosso querido site foi pro vinagre. Pra não perdermos o contato, criei uma comunidade no orkut. Caso vc seja usuaria do orkut, me manda um mail que te mando um link
Jaime Marques