15.8.07

Passou o filme pela última vez. Viu cena por cena, pausadamente. As lágrimas corriam, livres, velozes, percorriam todo o rosto e descobriam um abismo no queixo de onde despencavam pesadas e gordas. O choro não era contido, não deveria ser. Havia prometido que seria o último, o último choro.
Um choro infantil, forte, assustador. Um choro alto, compulsivo, descontrolado. Cada soluço parecia roubar o ar de si mesmo.
Ela se foi. Isso é fato, não muda.
No vídeo ela inda sorria, cantava, fazia cara de brava. Já faz dois anos, era necessário um último choro, uma despedida revoltada.Ele precisa esquecer, ele vai esquecer. Ela não vai voltar.

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"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema".

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