Fora do ar. Sem saturno, sem pensar ou pesar. Fora do mito, do dito cujo.
Fora, simplesmente saindo á francesa. Fora de mim? Novidade. Dentro de ti? Não ainda, impossível de caber.
Uma personagem, persona caótica estilo cinema europeu, sobriamente vulgar tipo cinema brasileiro. Vulgaridade, apenas uma raiz folclórica e popular, apenas isso. Sóbria.
Casulo. Deixa-me ficar aqui em ti. Deixa eu me perder mais um pouco porque se me achar eu me esqueço. E quero me esquecer do mundo, mas jamais esquecer de mim. Quero me perder mais a cada dia, para que assim os dias nunca façam sentido.
Quero um asilo em tuas asas e um exílio em tuas lembranças. Quero um futuro duvidoso e uma sorte cigana.Fora do ar. Como sempre. Deixa-me saturar, estragar, apodrecer. Quero pensar apenas, fundir. Escrever é só para não esquecer quem sou. Só pra isso. Mas no fundo, queria só pensar, duvidar e contrariar. Quando se escreve se dá sentido e eu não nasci pra dar sentido a nada. Não quero, não gosto do que faz sentido. Porque só se sente aquilo que não faz.
Meu coração tropical tá coberto de neve
ResponderExcluirmas ferve em seu cofre gelado, a vóz vibra e a mão escreve, mar...
bendita lâmina grave que fere a parede e trás
as febres, loucas e breves que mancham o silêncio e o cais....
Roseirais, Nova Granada de Espanha, sem você, eu, seu corsário preso
vou partir a geleira azul da escuridão, me agarrar na mão do mar, ma arrastar até o mar, procurar o mar...
...mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar....entre as garrafas de naufrágos e as rosas....
...é eu vim....parar na beira do cais, onde a estrada chegou ao fim, onde o fim da tarde é lilás....onde o mar arrebenta em mim......o mar da Revolução....invadiu meu destino....a PAZ !
TE amo ! penso em você todos os dias e morro de saudades !
Sempre e pra sempre !
nenezão