22.11.16

vaga-lume, pois...

Esse vazio que cabe aqui
como um branco no papel,
é só exemplo, meio caminho
vaga-lume vagando por aí
Quero voltar óh vaga-lume
só peço luz e um pouco de palavras
que sejam prontas, feitas, mágicas
Senhor vaga-lume, seja rei, seja assim
Sem olhar para mim, sabendo que sou fim
deixa que saiam assim, letrinha após letrinha,
jovens, ingênuas, uma atrás da outra fazendo palavrinhas
me basta, me enche, me gasta
peço pouco, peço nada,
E se me encontro por aí,
em uma esquina escura esquecida
aviso-me que volto a miúde
que isso de esquecer-se tem tempo determinado
que não se vai sem multa, sem caos
Digo-me que o fim é doído e que só se paga com saudade
Pode que me escape, me recupere, me entenda
Mas ó, vaga-lume, pode que convença.
Que vença, que doída volte,
Deixa esse vazio arder
Que o ardido pede água

E água traz de volta o que se afoga em seco.

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"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema".

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