23.1.08

Tempo de partida. Tempo de chegada, encontro e mudança. Tempo. Tempo de vitória, revanche e chance.
Subindo a ladeira da eternidade composta pelos sinais que revelam meu destino. Sombras do passado que se transformam em suaves lembranças, e passado recente que perde a força que o mantinha vivo e dolorido.
Tempo de saída. Tirando o chapéu pra poucos e tirando o time de campo pra muitos. Nosso tempo sempre encontra um tempo para nos fazer parar e encontrar novas cores que substituem as cores desbotadas do quadro da parede. O tempo sempre nos transforma em pessoas duras e doces ao mesmo tempo.
O tempo te afogou em um lago longe o suficiente para que eu não consiga alcançar e que, por tamanha lonjura a preguiça me basta e o novo me convém.
O tempo nos faz perder um pouco do brilho que antes tínhamos para os olhos alheios, sendo assim, teu brilho se apagou um bocado significante para os meus olhos. Teus dons não me comovem mais e tua dificuldade construiu a muralha necessária para que se desista da guerra.
Desistir não é fracassar. Desistir é buscar o novo e deixar teu velho brilho ser novo para outro alguém ou para outro velho alguém.
Minha loucura não se compara com a tua, foi tua normalidade que me assustou e que me entristeceu por dias.
Se preciso de algo para ser quem sou? Sim. Preciso de chama, de luz e sombra, preciso de paixão em forma de pensamento e pensamento materializado. Preciso de seis sentidos e quem sabe sete, preciso de água fresca, pele, poesia e um bocadinho de dramaticidade. Enfim, nada disso encontro em ti. Que o tempo ajude então.

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"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema".

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