É pau, é pedra, é o fim da picada!!
“Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê”. Parece um convite, mas não é. Antes fosse.
O que aconteceu com nossos poetas? Com nossa música sempre reconhecida internacionalmente? O que nós ouviremos daqui a cinqüenta anos, quando nossos últimos compositores tiverem partido desta para uma melhor?
Ai!! O que diria Tom Jobim, Cazuza???
Enquanto “eu quero a sorte de um amor tranqüilo”, alguns preferem a festinha badalada no apê do Latino.
A democratização da nossa música é valida e necessária, mas a lavagem cerebral que toca nas rádios, nas baladas e na TV parece mais uma aula de como se alienar um pouco mais.
E a nossa preciosa liberdade de expressão? Nossos poetas censurados que o digam. Que desperdício de oportunidades.
Em uma época em que se expressar era impossível, eles, os nossos poetas, o faziam com extrema competência. Hoje a musica é descartável, comercial, mortal, feita de alienados para alienados, sem mensagens, sem ideologias, sem ao menos uma pincelada de arte.
Compositor hoje em dia? Qualquer um pode ser... um simples acontecimento do seu dia pode se transformar em um novo hit de Axé, ou “bunda music”, como preferem os críticos.
O que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Esta é a grande questão da humanidade, mas eu conheço uma outra também interessante...
Este tipo de música toca muito por que o povo quer ouvir, ou o povo ouve por que toca muito?
Será que seria uma nova “política do pão e circo” altamente camuflada, ou eu tenho uma leve mania de conspiração??
Será que Chico Buarque faz o povo pensar demais, ou as pessoas não entendem nada e preferem dizer: “tô nem aí, tô nem aí”...
Será que seria interessante o povo não entender nada?? Não, é só mais uma conspiração da minha cabeça...
Bom, o bêbado acabou indo para a tal festinha do apê, já eu e a equilibrista preferimos não arriscar.
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"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema".