15.9.08

Embriaga-me desta forma mesmo, só soltando a rima, só soltando a brisa de um suspiro. Vem e devora-me daquela forma mesmo, aos poucos, aos pedaços, em doses homeopáticas.
Alucina-me desse jeito mesmo, tão menino, tão faceiro, tão certeiro.
Encanta-me e canta, canta teu verso, o meu verso, tanto faz.
E mesmo depois, assim já partindo, já partido, cega-me pra que nenhum outro possa ocupar meu peito, meu leito, meu palco.
Continua enfeitiçando meus dias, meus sonetos, contos e música. Feitiço. Foi feitiço da lua, a lua que agora mingua e nem sei se vai crescer, nem sei se vou contemplá-la cheia.
Foi feitiço. O melhor feitiço. Junino.
A distância que existe, só faz ser mais triste e quanto mais triste mais há o amor, a saudade que existe, só faz ser mais urgente e quanto mais urgente mais explícito o amor.
Ainda dá tempo, ainda há tempo, tempo. Vem somar-se á lua, vem gritar da rua, vem fazer-me tua.
Vem com dor de saudade, vem com novidade.
Vem que me cansa escrever o passado, vem que me cansa desenhar o futuro.

Um comentário:

  1. Anônimo12:51 AM

    Menina! Cada palavra mágica!É sempre bom ler você...é sempre bom.
    Beijasso

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"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema".

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